Sejam Bem Vindos á nossa Escola de Umbanda.

Sacerdote Evandro Otoni

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Oxalá
É o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.
Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições.

QUALIDADES: As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e , assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo todo.

ATRIBUTOS: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá irradia fé o tempo todo e Oiá absorve as irradiações religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos desiquilibrados. Ela se contrapõe a ele porque a atuação dela é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo todo, a todos.

ATRIBUIÇÕES: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino Oxalá... e entram nos gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé.

OFERENDAS: Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, côco verde, mel e flôres. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Já os regentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material e não são invocados ou oferendados.
 
O que é Magia?
Magia (não é mágica = ilusão), antigamente rotulada de "Grande Ciência Sagrada" pelos Magos, é uma ciência oculta que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre a natureza.
Toda magia tem características ritualísticas, iniciáticas e cerimoniais que visam estabelecer contato do indivíduo com os aspectos ocultos do Universo e de Deus. A etimologia da palavra Magia, provém da Língua Persa, "magus" ou "magi", significando tanto imagem quanto "um homem sábio". Também existem outros significados como algo que exerce fascínio, como por exemplo quando se fala da "magia do cinema".etc.

No Colégio de Magia Divina utilizamos a definição de nossos Mestres:

"Magia é o ato consciente de ativar e direcionar energias elementares positivas ou negativas, universais ou cósmicas e ponto final." Agora, que energias são essas? Ai já outra questão...
Prática da Magia
A prática da magia requer o aprendizado (pelo iniciado, xamã, sacerdote, etc.) de diversas técnicas de autocontrole mental, como a meditação e a visualização. Franz Bardon, proeminente mago do séc. XX, afirmava que tais exercícios tem como objetivo equilibrar os quatro elementos presentes na psique do mago, condição indispensável para que o praticante pudesse se envolver com energias mais sutis, como a evocação e a invocação de entidades, espíritos e elementais (seres da Natureza), dentro de seu círculo mágico de proteção. Outras práticas mágicas incluem rituais como o de iniciação, o de consagração das armas mágicas, a projeção astral, rituais festivos pagãos de celebração, manipulação de símbolos e outros com objetivos particulares.
Magia NÃO é Religião...
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Muitas pessoas associam erradamente o ato magístico com religião e vice-versa. A despeito do que muitos imaginam a magia é muito mais antiga que a religião e muitas religiões utilizam-se de magia em seus rituais. Ambas utilizam-se (de forma consciente ou inconsciente) de poderes Divinos (e não humanos) para evocarem forças, energias, ondas, vibrações, etc. com algum propósito específico.
A questão não está se a magia funciona ou não funciona (pois ela SEMPRE funciona). Magia por definição é o ato de alterar uma realidade com base na determinação. Assim, mesmo que haja pela parte da força evocada o entendimento de que não há merecimento no pedido, ocorrerá com certeza uma mudança da realidade, nem que seja (inclusive) em contrário ao pedido do Mago.
Muitos sacerdotes detém autorga de suas Divindades para utilizarem-se de seus poderes divinos em benefício próprio ou de seus semelhantes. Mas não é necessário que um Mago seja religioso ou sacerdote para exercer seus dons. O difícil é dissociar as atividades de um Mago das de um sacerdote iniciado, pois geralmente os Magos optam por uma determinada religião que lhe ofereça condições de exteriorizar os poderes a ele conferidos.
Egrégora de Magia Divina
Egrégora provém do grego “egrégoroi” e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: todas as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc. Fazemos parte da Egrégora dos 7.777 Magos de Magia Divina formados pelo Mestre Rubens Saraceni.
Responsabilidade Magística
No Colégio tradição de Magia Divina praticamos apenas os conhecimentos baseados na Magia Divina outorgada e ministrada pelo Mago Rubens Saraceni.
Temos ciência, conhecimento e respeito pelas outras vertentes de Magia praticadas por outras pessoas, mas em nosso Colégio apenas ministramos conhecimentos com base na Magia Divina.
TODA a magia que praticamos e ensinamos é POSITIVA.

Este cigano é de origem Marroquina, tendo viajado por todo Continente Africano com grande exploração na Índia, detém inúmeras magias inclusive é grande Mestre das consideradas exclusivas do Povo Africano, como Búzios e Opelê-Ifá. É o cigano protetor da transformação, os que precisam transformar a sua vida em algum sentido pedem proteção a Ramiro, que tem a sabedoria de nos ensinar que tudo se transforma, inclusive a vida. É o cigano que ensina a vida como é no astral, e como ficam os condenados por Arangeloudhã. Ajuda nesta existência a partir de seu jogo de búzios, a “transformar” o que não esta de acordo. Cita suas pérolas e faz este “OFÓ”: “No Marrocos eu andei, na Índia morei, embaixo do sol de todos chorei. Embaixo da luz da lua de todos, eu ri. Fui bebe, hoje sou homem, ganhei da vida e também perdi. Me revoltei e levantei, por amor eu sofri. Hoje em espírito sou feliz. Tudo é transformação. Já fui ajudado e hoje ajudo, quero mostrar a transformação, que todos as barreiras podem ser derrubadas, sou espírito em comunhão com o teu espírito, passaremos por tendas e portais, encontrando pelos caminhos amigos e inimigos, a quem daremos muito amor. Que possa eu transformar o problema (dizer o que lhe aflige), desta pessoa e lhe ofertar luz, que saia todo o mal, que tudo seja esclarecido e encerrado, pela mercê de Santa Sara Kali e Dou-la”Amém.Tenha que o que for para o seu bem, Ramiro lhe ajudará, para agradar este cigano, oferte kibes e fru

Pai Antonio

"Preto-velho" na Cultura Brasileira e na Umbanda

Pai Antônio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Umbanda em seu médium Zélio Fernandino de Morais onde se esta be­leceu a Tenda Nossa Senhora da Piedade. Assim, ele abriu esta "linha" para nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.

O "Preto-velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos for madores de sua liturgia, representa uma "linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.

São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João, Pai Benedito da Cachoeira,Pai Zuluá, e Vó Maria, por exemplo.

Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper sonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "preto-velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "preto-velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.

Preto é Cor e Negro é Raça, logo o ter mo "preto-velho" torna-se característico e com sentido apenas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancião" ou ainda "Negro de idade avançada" para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na "terceira idade" (a melhor idade). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade do espírito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo ao encontro da imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.

Alguns preferem chamá-los apenas de "Pais Velhos" o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "nêgo véio" e ex-escravo; talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueçamos que em qualquer situação temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a oportunidade de dar o testemunho de nossa fé.

O "preto-velho" é um ícone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram escravos, nesta condição, assim se apresentam também em homenagem a eles, por tê-los como Mestres no astral.

No imaginário popular, por falta de informação ou por má fé de alguns formadores de opinião, a imagem do "preto-velho" pode estar associada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam " com estas coisas" pois não sabem que a Umbanda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amor ao próximo. Não existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim", existe sim única e exclusivamente uma única Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os "Preto-velhos", todos fazem o bem sem olhar a quem, caso con trário não é de fato um "preto-velho", pode ser alguém disfarçado de "velho-negro", o "preto velho" trabalha única e exclusivamente para a caridade espiritual.

São espíritos que se apresentam des ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os pretos velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.

Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".

Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte viva do conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indígenas e ciganas. Algumas tradições religiosas man­têm esta postura frente o sacerdote mais velho, trata-se de uma herança cultural religiosa tão antiga quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.

Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilusão da carne que nos cobre com paixões e apegos que inexoravelmente ficarão para trás no caminho evolutivo.

Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos es cravos eu os saúdo: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!"

PRECE-POEMA A PAI BENEDITO DE ARUANDA

- por Pai Ronaldo Linares -


Meu bondoso Preto-Velho!

Aqui estou de joelhos, agradecido constrito, aguardando sua benção.

Quantas vezes com a alma ferida, com o coração irado, com a mente entorpecida pela dor da injustiça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá no fundo do meu Eu, com bondade compassiva me sussurravas: ESPERANÇA.

Quantas vezes desejei romper com a humanidade, enfrentar o mal com maldade, olho por olho, dente por dente, e Tu, escondido em minha mente, me dizias simplesmente:

"Sei que fere o coração a maldade e a traição, mas, responder com ofensas, não lhe trará a solução. Pára, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão. Eu também sofri bastante, eu também fui humilhado, eu também me revoltei e também fui injustiçado.

Das savanas africanas, moço, forte, livre, num instante transformado em escravo acorrentado, nenhuma oportunidade eu tive. Uma revolta crescente me envolvia intensamente, porque algo me dizia, que eu nunca mais veria minha Aruanda de então, não ouviria a passarada, o bramir dos elefantes, o rugido do leão, minha raça de gigantes que tanto orgulho tivera, jazia despedaçada, nua, fria, acorrentada num infecto porão.

Um ódio intenso o meu peito atormentava, por que OIÀ não mandava uma grande tempestade? Que Xangô com seus raios partisse aquela nave amaldiçoada, que matasse aquela gente, que tão cruel se mostrara, que até minha pobre mãezinha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acorrentara. E Iemanjá, onde estava que nossa desgraça não via, nossa dor não sentia, o seu peito não sangrava? Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia? Se Iemanjá ordenasse, o mar se abriria, as ondas nos envolveriam; ao meu povo ela daria a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessária vingança.

Porém, nada aconteceu, minha mãezinha não resistiu e morreu; seu corpo ao mar foi lançado, o meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá, outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado.

Onde é que estava Ogum? Que aquela gente não vencia, onde estavam as suas armas, as suas lanças de guerra? Porém, nada acontecia, e a toda parte que olhava, somente um coisa via... terra.

Terra que sempre exigia mais de nossos corpos suados, de nossos corpos cansados.

Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro, era a lida, era a colheita, que para nós era estafa, para o senhor era ouro.

Quantas vezes, depois que o sol se escondia, lá no fundo da senzala, com os mais velhos aprendia, que o nosso destino no fim não seria sempre assim, quantas vezes me disseram que Zambi olhava por mim...

Bem me lembro uma manhã, que o rancor era grande, vi sair da casa grande, a filha do meu patrão. Ingênua, desprotegida, meu pensamento voou: eis a hora da vingança, vou matar essa criança, vou vingar a minha gente, e se por isso morrer, sei que vou morrer contente.

E a pequena caminhava alegre, despreocupada, vinha em minha direção, como a fera aguarda a caça, eu esperava ansioso, minha hora era chegada. Eu trazia as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava, vi o tronco, vi o chicote, vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e nada mais vi então. Correndo como um possesso, agarrei-a por um braço e levantei-a do chão.

Porém, para minha surpresa, mal eu ergui a menina, uma serpente ferina, como se fora o próprio vento, fere o espaço, errando, por minha causa, o seu bote tão fatal; tudo ocorreu tão de repente, tudo foi de forma tal, que ali parado eu ficara, olhando a serpente que sumia no matagal.

Depois, com a criança em meus braços, olhei meus punhos de aço que deviam matá-la... olhei seus lindos olhinhos que insistiam em me fitar. Fez-me um gesto de carinho, eu estava emocionado, não sabia o que falar, não sabia o que pensar.

Meus pensamentos estavam numa grande confusão, vi a corrente, o tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o bote... senti um aperto no coração, as minhas mãos calejadas pelo machado, pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus não permitira que morresse essa criança.

Assim o tempo passou, de rapaz forte de antes, bem pouca coisa restou, até que um dia chegou, e Benedito acabou...

Mas, do outro lado da morte eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais forte, mais de amor e de perdão, os sofrimentos de outrora já não importam agora, por que nada foi em vão...

Fomos mártires nessa vida, desta Umbanda tão querida, religião do coração, da paz, do amor, do perdão".



(Escrito por Pai Ronaldo Linares, em 20 de Outubro de 1964, entregue em mãos, por ele, ao Jornal de Umbanda Sagrada e publicado no mesmo em Maio de 2005).

Entrevista com Pai Rubens Saraceni

 

O ESPIRITUALISMO DE RUBENS SARACENI

O escritor Rubens Saraceni, babalorixá da umbanda e pesquisador de magia e espiritualismo, vem se destacando no mero por entender que a mQdiuuice não pode estar restrita a um ou outro Caminho Espiritual
- Alex Alprim


Rubens Saraceni nasceu em 1951, e há mais de 25 anos exerce sua mediunidade e faz seus estudos no campo da espiritualidade. Seus inúmeros livros já publicados são psicografados, ditados e orientados pelos Mestres da Luz. Sua jornada, segundo conta, foi iniciada no espiritismo de "mesa branca", passando posteriormente para a umbanda, onde se tornou babalorixá.

No entanto, como gosta de deixar bem claro, o universo da umbanda não é o único no qual ele se movimenta e realiza seus estudos, uma vez que o dom da mediunidade não pode estar
restrito a uma ou outra linha religiosa, doutrinária ou de pesquisas.
Recebendo a outorga dos planos superiores para iniciar pessoas em magia, também recebeu a autorização para começar a divulgar o que foi denominado "Magia Divina das Sete Chamas", que explica em seus livros.

Hoje com mais de vinte livros publicados, Saraceni é um dos autores mais procurados da editora Madras. Nesta entrevista, ele fala sobre seus estudos, sobre o aspecto teórico e prático da umbanda, magia e espiritualismo em geral.

Qual a relação entre a umbanda e as .mensagens espirituais ditadas pelos Mestres da Luz? Quem são os Mestres da Luz e como eles se encaixam na tradição umbandista?

Os Mestres da Luz são espíritos mentores da umbanda; são regentes de grandes linhas espirituais, ainda que eles não se apresentem formalmente. Mas regem as gigantescas correntes de espíritos e, através dessas psicografias, eles têm procurado passar noções sobre o mundo espiritual.

Quais noções?

Principalmente, eles procuram transmitir às pessoas que a vida não se encerra aqui no plano material, por isso é necessário que a pessoa vigie os seus atos, seus sentimentos, e trabalhe para que, quando vier a passagem para o outro lado, a pessoa esteja bem preparada para vivenciar a sua realidade maior, que é a realidade do espírito. Então, eles têm uma finalidade. Os livros às vezes mostram determinados eventos, determinadas vivências, que muitos classificam como sendo um pouco chocantes, porque mexem na ferida mesmo, sem muito rodeio; mas tudo isso visa despertar nas pessoas uma conscientização.

O que é considerado chocante?

Quando se descrevem algumas quedas espirituais que aconteceram com pessoas. O desencarne jogou essas pessoas de encontro a uma realidade que elas achavam que não existiria; achavam que não teria aquela punição divina, que não viria para ela uma sentença que a jogasse de encontro ao próprio universo sombrio que ela havia criado à sua volta aqui na Terra.

Então, de acordo com essa visão, existe uma estrutura maniqueísta do mundo muito próxima à que a moral cristã vem desenvolvendo nos últimos dois mil anos?

A moral cristã prega o seguinte: se você faz o bem, você vai para o céu; se você faz o mal, você vai para o inferno. Ela está correta, só que temos de entender o que é esse céu e esse inferno. Para nós, o céu são as faixas de luz para as quais cada um é atraído por afinidade de sentimentos, afinidades vibracionais; e o inferno também são faixas específicas da Criação, para as quais são recolhidos espíritos que, aqui em cima, no plano material, não desenvolveram sua consciência. Se nós simplificarmos, está correto. A pessoa é atraída pelas faixas vibratórias com as quais tem afinidade. Esse é o céu e o inferno para mim - e dentro da umbanda também é isso.

Seria semelhante às teorias das sintonias dos grandes mestres ascensionados, com as pessoas sintonizadas com faixas de mais ou menos luz?

É isso mesmo. Essa é uma consciência que está se desenvolvendo muito rapidamente dentro da umbanda e sendo bem aceita, porque nos explica o porquê da existência do suposto inferno: ele não existe por acaso, porque tem a finalidade de recolher espíritos que, de uma forma ou de outra,sofreram regressões conscienciais quando passaram pela carne.

Qual o ponto em comum entre aumbanda, o candomblé e o espiritismo hoje?

O ponto em comum das três é a manifestação dos espíritos através da incorporação das mensagens, ainda que no candomblé a dinâmica seja um pouco diferente da dinâmica da umbanda, e totalmente diferente da dinâmica do espiritismo. A umbanda mantém a ponte de contato tanto com o candomblé quanto como espiritismo. Todas essas três doutrinas, ou essas três religiões -vamos colocar assim - têm como ponto em comum a mediunidade como sustentação. No candomblé, tem de haver a manifestação do orixá; na umbanda, tem de haver a manifestação dos espíritos e, eventualmente, do orixá do médium; e no espiritismo, existe a manifestação das entidades e o trabalho desenvolvido pelos espíritos que incorporam nos médiuns, curando e orientando as pessoas - tudo visando 0 crescimento e a melhoria do ser.

Como você encara, na umbanda e no candomblé, prática de sacrifícios animais, principalmente com relação ao conhecimento que os Mestres de Luz vêm trazendo?

Quando estudamos um pouco o candomblé, vemos que o sacrifício animal tem uma função específica já tradicional, secular. Então, nada contra, porque é algo que já vem de gerações. A umbanda não adota sacrifícios de animais. Algumas pessoas que transitam tanto no candomblé quanto na umbanda fazem, mas a umbanda em si não adota sacrifícios animais. Ela não condena. Acho que cada um tem o seu processo de feitura de trabalhos, sua dinâmica, que deve ser respeitada. No verdadeiro candomblé, o sacrifício só é ritualizado em ocasiões muito específicas, mas vemos pessoas não-preparadas desvirtuando, desenvolvendo métodos próprios que consideram que para tudo tem de haver sacrifícios. Os verdadeiros praticantes do candomblé, pessoas muito bem preparadas, dizem que o sacrifício é muito raro e, mesmo assim, é tirado só o axé do animal, porque o alimento é compartilhado na ceia coletiva.

Como é a estrutura tradicional da umbanda, e que caminhos evolutivos ela está seguindo nos últimos anos?

A estruturação da umbanda começou por volta de 1908, com o médium Zé Fernandino de Moraes, quando, através dele, foi dito que estava se iniciando uma religião e que todos os espíritos seriam bem-vindos a ela. A faculdade de incorporação é anterior à umbanda, candomblé e espiritismo, mas ali estava o marco inicial, estruturado na manifestação dos espíritos por nomes simbólicos, tal como o próprio fundador da religião, o espírito chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas, os sete cruzamentos, as sete irradiações. Os espíritos se manifestariam não com nomes próprios, mas como símbolos das hierarquias às quais estavam ligados, entre caboclos, pretos velhos, crianças, exus.

Ela se expandiu muito rapidamente, porque tinha o amparo do Astral, e se estruturou assim: o espírito se manifesta, auxilia o encarnado que vai até ele e, ao mesmo tempo, vai passando uma doutrina de vida, de melhoria de consciência. Com aquele linguajar simples deles, bem direto e objetivo, eles vão tocando nos pontos que interessam àquela pessoa e, a partir dali, a pessoa vai despertando para a realidade do espírito. Então, a religião procura trabalhar as pessoas. Sua estrutura tem o objetivo de resgatar as pessoas para a realidade espiritual. Não é um processo rápido, violento, mas um processo de atração permanente, principalmente voltado ao ser humano que está passando por dificuldades.

Como você começou a psicografar? Já havia psicografia na umbanda?

Se existia a psicografia pura, eu não tenho elementos para falar sobre isso. Existiam muitos escritores de umbanda desde o começo do século. Eles poderiam estar escrevendo inspirados, mas sem dar essa conotação. Quando eu iniciei a psicografia - com alguns livros que foram publicados e outros que não foram - e quando surgiu O Guardião da Meia-Noite, que foi um marco na umbanda como psicografia de um médium umbandista, isso foi um pouco assustador porque a psicografia estava associada ao espiritismo, ao kardecismo. Na época, eu recebi críticas de irmãos kardecistas; pois, se eu era da umbanda, como é que podia psicografar? Médium é médium, seja da umbanda, candomblé ou espiritismo - não importa a doutrina que ele siga. Eu mostrei que o dom da pessoa independe da formação religiosa; tendo o dom, ela canaliza o que o astral quer. Um tem dom para psicografar, outro para fazer pinturas mediúnicas, dar consultas, ler as cartas, as mãos...

E hoje isso já é aceito? Existem outros trabalhos desse tipo?

Já. Quando o Pai Benedito se manifestou, incorporado mesmo em mim, e conversou com a minha esposa, ele disse que estava começando a psicografia na umbanda, que a espiritualidade estava iniciando um processo de psicografia nos moldes do kardecismo através de médiuns dentro da umbanda. Ainda estava sendo considerado um fenômeno, mas com o tempo outros surgiriam. E, de fato, passaram uns cinco ou seis anos depois de eu estar psicografando, e outros médiuns da umbanda começaram a chegar a mim e dizer que estava acontecendo a mesma coisa; estavam psicografando livros e até tinham medo de falar. Pai Benedito falou que muitos espíritos estão preparados para trazer romances mediúnicos, histórias sobre espíritos ou vivenciadas há séculos ou milênios, tendo como fundo a vida de espíritos que são grandes mentores da umbanda e que comandam um trabalho imenso em benefício da humanidade. Eu já conheço dezenas de pessoas que estão psicografando, médiuns desenvolvidos dentro da umbanda.

Fale um pouco sobre o trabalho espiritual que você vem desenvolvendo ultimamente.

Estou desenvolvendo vários trabalhos paralelos, todos visando o crescimento das pessoas. O mais marcante tem sido o trabalho de magia, porque nela nós não diferenciamos as pessoas, nem por seu grau escolar, nem por sua religiosidade.

A magia é neutra e praticada por todas as pessoas que queiram aflorar o seu dom íntimo. Outro campo em que venho desenvolvendo um trabalho muito grande é na teologia da umbanda. Comecei esse trabalho mais ou menos em 1996, e foi difícil falar nisso porque era uma coisa inédita até então - nem existia esse termo na umbanda. É outra inovação que, hoje, muitas pessoas já estão usando na umbanda, com cursos de teologia da umbanda, ou seja, o estudo do universo divino. Ele veio ao encontro da necessidade do momento dentro da religião, e está começando a gerar muitos trabalhos.

Também visa dotar a religião de um conhecimento próprio dela, não mais dependente de outras doutrinas, sem precisar buscar lá fora e adaptar para a umbanda. As pessoas não precisam buscar no espiritismo ou no candomblé a explicação para os mistérios que fluem através de sua prática religiosa.

Em várias estruturas religiosas, em especial as afro-brasileiras, parece existir uma forte tendência a tentar adaptar a linguagem mágica européia do período renascentista - mais recentemente, das vertentes americanas ligadas aos mestres ascensionados e agregar essa linguagem à sua religiosidade. Como você vê essa situação em seu trabalho?

A teologia que estamos desenvolvendo é pura, fundamentada unicamente nos orixás, sem recorrer às doutrinas alheias para extrair de lá a explicação dos mistérios. Houve a revelação do que nós classificamos como os fatores de Deus, as qualidades divinas. A partir daí foram desenvolvidos vários livros como a Gênesis da Umbanda, Código de Umbanda, Sete Linhas de Umbanda, Orixás Ancestrais, livros que, fundamentados no mistério orixá, explicam tudo que a pessoa precisa saber sem recorrer ao candomblé, ao espiritismo ou a qualquer outra doutrina.

O mistério orixá começou a ser explicado de uma forma que eu chamo de científica, porque ela tem uma lógica, segue um padrão repetitivo, explicando o mistério para a época em que vivemos. E isso é o que traz às pessoas a satisfação quando estudam teologia, porque explica o universo divino de uma forma muito ordenada, não mitológica, mítica ou mística, mas racional. Isso, somando-se à magia, criou todo um universo que completa a umbandista, porque a umbanda é uma religião mágica por excelência.

O trabalho dos guias espirituais é realizar magias que beneficiem as pessoas, magias que utilizam elementos da natureza, sejam ervas, flores, frutos, pedras, sementes ou raízes: tudo é elemento mágico que eles utilizam para curar pessoas, limpar ambientes, etc. Então, trouxemos também uma magia nova, cada etapa fundamentada em um elemento: magia das chamas, magia das ervas, magia das pedras, do pó, etc. São vinte e um graus no total, e tudo vai sendo explicado de forma racional. A nossa teologia é bem racionalista; estuda os mistérios de Deus a partir de uma interpretação trazida pela espiritualidade, uma interpretação superior, não criada aqui pela nossa mente terrena. A magia não está conectada diretamente à umbanda; a teologia sim, foi pensada pela espiritualidade, pelos Mestres da Luz, para religião de umbanda, mas é uma fonte de informações pra qualquer pessoa.

E, de uma forma geral, como você vê o desenvolvimento do espiritualismo hoje?

O espiritualismo sempre foi praticado pela humanidade sob muitos nomes, mas hoje em dia eu vejo o espiritualismo assumindo o seu lugar em função do próprio relaxamento dos preconceitos. Tivemos um período de perseguição às práticas espiritualistas, qualquer que seja o nome que se dê a essas práticas.

Hoje o espiritualismo tem uma grande oportunidade de se firmar como alternativa para evolução das pessoas. Se cada religião tem os seus dogmas e doutrinas, até fazendo com que o fiel desenvolva dentro de si determinados preconceitos contra outras religiões, o espiritualismo é irreligioso.

O espiritualismo seria a chave do processo evolutivo humano neste plano?

Com certeza, porque dando às pessoas a oportunidade de manifestar os seus dons, dons dos espíritos, é que essas pessoas vão encontrar a si próprias, vão se conhecer. Os dons dos espíritos têm de ser vivenciados aqui na carne. Em determinados segmentos religiosos esses dons são reprimidos e vistos como coisas demoníacas, mas essas pessoas não entendem nada de dons. Dom é uma qualidade que o espírito desenvolve e que se torna um meio para que todo um universo oculto flua através dele, um universo espiritual, divino. O espiritualismo tem a grande oportunidade, agora, de não se deixar levar pelas influências do dogmatismo. O dogmatismo mata tudo.

Qualquer dogma mata uma estrutura religiosa?

Mata, porque se as pessoas começam a dizer que só um dom é aceitável e os outros não, que a pessoa pode incorporar um guia espiritual mas não pode psicografar, ou pode psicografar mas só pode falar de Jesus (pois, se falar de um orixá ou caboclo é heresia), então já matou. É isso que faz o espiritismo. Com todo o respeito que eu tenho, o espiritismo dogmatizou a mediunidade de psicografia, porque só se pode falar de Jesus. Se um médium kardecista encostar um espírito que não professe, ou não professou o cristianismo em sua última encarnação, e não fale as verdades na linguagem ali codificada, ele é bloqueado.

Nós não devemos deixar que esses dogmas existam dentro da umbanda. O dom é meu, eu conquistei. Sei lá quantas vidas eu precisei viver aqui na Terra para desenvolver esse dom e, se hoje ele flui naturalmente, eu não vou dizer que só tenho de escrever sobre orixás. Em meus livros escrevo sobre tudo. Em A Princesa dos Encantos falo sobre o nascimento do hinduísmo, em O Livro da Vida falo sobre Akhenaton; e falo sobre o surgimento dos templários na Europa, do início da civilização egípcia, etc.

O importante é o que esse espírito viveu no passado. Pouco importa se esse espírito de hoje se manifesta na umbanda com o nome simbólico de caboclo tal, se o grande momento dele, sua grande experiência humana foi na índia, no Egito, na Mesopotâmia, na Europa ou no Brasil pré-cristão. Espírito não tem identidade.

Você gostaria de deixar alguma mensagem para as pessoas que estão se iniciando nesse caminho espiritual, não só da umbanda mas na espiritualidade de uma forma geral?

Na espiritualidade de uma forma geral, todas as vias de crescimento para o ser humano, colocadas por Deus à nossa disposição, são boas.

Eu não desenvolvi dentro de mim esse preconceito de que a minha é melhor, a do fulano é pior; para mim, todas são boas. Então, eu digo às pessoas, que queiram se iniciar ou estão se iniciando, que façam sua caminhada sem temor. Confie que tudo está sendo conduzido pelo Superior. Mas procure se instruir; procure aprender e não colocar bloqueios dentro de si mesmo, contra isso ou aquilo, mas sim ir até cada coisa e aprender sobre ela, e delas extrair o seu juízo, a sua experiência, porque isso é que vai contar.



Revista Sexto Sentido
Número 30
Páginas 06-11

Colégio Tradição de Magia Divina

Colégio Tradição de Magia Divina

O Instituto Cultural Colégio Tradição de Magia Divina, ou Colégio dos Magos, fundado em 07/07/2001, “nasceu” da necessidade dos Magos, formados em Magia Divina pelas mãos de Rubens Saraceni e seu mentor Mestre Seiman Hamiser Yê, em trocar informações, ficando assim o Colégio com as funções de promover o estudo da Magia e Filosofias em geral, bem como a reciclagem e o apoio aos Magos, incentivando a formação dos “Núcleos de Magia”, e criando assim um hábito de trocar e multiplicar as informações entre Magia e Cultura.

Dentro deste objetivo são mantidas palestras, conferências, debates, encontros e congressos de interesse dos magos, bem como a publicação de um periódico interno a ser criado.

Visando a melhoria do ser humano em mente, espirito e matéria, o Colégio trabalha a prática da tolerância e caridade, se estendendo para as relações humanas; tendo como base a crença no Deus Criador de Tudo e de Todos, nos Divinos Tronos e nas Divindades que estão presentes na história da Humanidade, em diferentes culturas com os mais variados nomes, mas que sempre se mostraram através das qualidades do Criador.

Na Prática Universalista são repudiadas todas as formas de sectarismo. Sendo assim, também reconhecemos como nossos Mestres todos aqueles que na Terra são grandes luminares, condutores de almas em nossa jornada de busca e de “religar” ao Criador.

Nossas Ações

Cursos
Magia divina das sete chamas sagradas
Magia divina das sete pedras sagradas
Magia divina das sete ervas sagradas
Magia cigana
Tarô cigano
Desenvolvimento mediúnico
Prática mediúnica
Ervas na umbanda
Pontos cantados e riscados na umbanda
Atendimento com magia divina
Quartas-feiras as 19h
Domingos as 09h
Atendimento espiritual
Sábados as 19h
Cursos culturais
Dança cigana seg as 19h
Capoeira qui as 19h
Sacerdote Evandro Otoni
Contatos:11-7992-6296
email:umbandasagradatupa@hotmail.com
Av:luís Pequine nº916 3ºandar Jd. Palermo São Bernardo do Campo- sp cep 09780250

Historia do Caboclo Tupã

Caboclo Tupã nascido na tribo dos Tupis, em meados de 1580 a 1615.
Filho do caboclo tupi e a cabocla Jacira, tem como irmã da Cabocla Jurema, sobrinho de Tupinambá e Caboclo das 7 Flechas, seus primos Caboclo Tupiara, Caboclo Tupi Mirim, Caboclo Flecheiro e Cabocla Jurema Flecheira, com sua esposa Cabocla Luaci gerou as caboclas Guaraciara e Ceuci.
O Caboclo Tupã tem sua linha originaria em Oxóssi, hoje possui Falanges montadas nas 7 Linhas, tem médiuns de trabalho nas linhas de: Oxóssi, Oxalá, Xangô, Ogum e Iemanjá, isso se explica pelo seu crescimento no sentido à Luz!
Caboclo com grande capacidade de atuação nos tronos da Fé, Conhecimento, Geração, Lei e Justiça.
Muitos ao primeiro contato o acham bravo, mas não passa de impressão, ele é sim enérgico, justo e paciente.
É um grande Guerreiro, grande líder foi um grande Cacique.
O que nos passou de sua historia foi que fez sua passagem com aproximadamente 33 anos, através da chegada e pelas mãos do homem branco.Caboclo com brado forte, firme e de grande vibração, sua postura é uma característica marcante.